domingo, 9 de janeiro de 2011

2011... e já se foram 733.650 dias contados do nascimento de Cristo...

Obviamente a humanidade é mais antiga e mais obvimante ainda nossos problemas também....podemos visualizar evoluções? melhorias? esperança?
Quando nós, socialistas, falamos em reforma agrária e distribuição de renda, algumas pessoas pouco informadas acabam tecendo críticas sem fundamentação, como a típica frase: "se ele conquistou tudo, não temos o direito de tirar". Acho que a matéria que vou postar aqui e foi publicada na Folha de São Paulo possa ajudar um pouco a gente a pensar no que é luta de classes...seria interessante pensar durante a leitura em nossas crianças que padecem nas ruas, em regiões mais pobres ou institucionalizadas e privadas da maioria de seus direitos...no exato momento em que esse indivíduos concediam sua entrevista a correspondente da Folha de São Paulo, muitas pessoas (crianças, adolescentes, adultos e idosos) morriam por omissão do poder público, sem saúde básica ou um simples copo de água potável. Curtam o sentimento de indignação....

"Super-rico" torce nariz para "farofa" dos "apenas ricos"
Em Florianópolis, na Jurerê Internacional, há quem prefira não tirar o pé dos espaços "exclusivos"
Ficar em áreas isoladas próximas da praia, com piscinas e DJs, pode custar até R$ 5.000 ao dia para frequentadores

LUIZA BANDEIRA
ENVIADA ESPECIAL A FLORIANÓPOLIS

Eliane Luiz, 36, é juíza, tem apartamento de veraneio comprado a R$ 800 mil na praia mais badalada de Florianópolis e bebe champanhe Veuve Clicquot à beira mar, a R$ 280 a garrafa.
Mas, na opinião de alguns frequentadores de Jurerê Internacional, ela é "farofa".
Os "super-ricos" do balneário passam toda a temporada sem pôr os pés na areia e pagam até R$ 1.000 só para entrar em um bar livre dos que consideram "farofeiros".
Eles são necessariamente mais ricos que o pessoal da areia, mas desprezam a democracia à beira mar, onde entra quem quer. "Super-rico" aprecia o público "bonito e selecionado" de local pago.
"No lugar aberto tem cara tatuado, bombado, de corrente. Estou pagando para ficar em um lugar exclusivo", diz o paulista Rodrigo de Castro, 31, enquanto bebe champanhe na piscina do P12, espécie de clube na praia.
No local, as atrações são a piscina com bar dentro, camas confortáveis e DJs.
A entrada varia de R$ 45 para mulheres a até R$ 300 para homens, preço cobrado nos dias mais cobiçados.
"Na praia você fica cheio de areia. É muita farofa, muito Maresias", afirma Davi Almeida, 30, que diz gastar cerca de R$ 500 ao dia no clube.
No Cafe de la Musique, os preços são mais salgados: os "super-ricos" chegam a gastar até R$ 5.000 diariamente.
"Aqui o nível é melhor. Mas está ficando muito caro agora, nem na Europa é assim", diz o advogado cuiabano Diogo Alves, 27, que foi à praia em só dois dos 20 dias em que esteve na cidade.
Com amigos, ele pagou, em um dia, R$ 20 mil de consumação para ficar na piscina do Cafe de la Musique.
A consumação é gasta em muito champanhe, vodca, energético, cerveja e ofertas de bebidas para mulheres.
No Cafe, a entrada para homens custa até R$ 1.000. A das mulheres é de graça. "Os donos sabem que os homens querem estar cercados de mulheres bonitas", diz Diogo, cercado por oito garotas dançando ao redor de sua mesa, bebendo de graça.

(FOTO RETIRADA DO GOOGLE IMAGENS, SEM NENHUMA PROTEÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS OU AVISO DE PROIBIÇÃO DE EXIBIÇÃO)
"CHIQUE"
Mesmo os lugares que não cobram entrada dão um jeito de selecionar o seu público.
No restaurante Taikô, a entrada é livre e as mesas da parte de trás são liberadas.
Mas, para ficar nas da frente, com vista para a praia, a consumação é de R$ 3.000.
"Não é todo mundo que vai entrar aqui. Nós viemos porque seleciona a frequência. É outro perfil", afirma o empresário Ronaldo Zardur, 44, de São Paulo.
E, se a "farofa" entrar, será uma "farofa chique", diz o publicitário paulista Filipe Chavez, 30. "As meninas do meu lado compraram um suco de morango e tiraram da bolsa uma [vodca] Absolut. Não é para qualquer um."

Agora depois desse belo desabafo da burguesia, vejam o que uma criança diz para o mundo durante um discurso no Brasil (vídeo do youtube):


Eis o segredo: ouvir as crianças e jamais se anestesiar diante dessa afronta...nosso combate se da nas associações de moradores, comunidades eclesiais de base, pastorais, terceiro setor, fóruns, conselhos, partidos e outras organizações da sociedade civil.... RESISTIREMOS!!!!!!